19 de dezembro de 2015

MUTAÇÃO




Um dia se muda para amar,
Pois a vida tira do lugar,
Bem detrás dos sonhos, a frente das ilusões,
Relâmpago de fúria que avassala o coração,
Entorpece os sentidos mais aguçados,
Psicotropia em um sangue inflamado,
Borbulha em corpos suplantados.

Acordar das fantasias rebuscadas,
Levar uma vida curta e aclamada,
Morrer para a hipocrisia mascarada,
Extirpar da alma flácida e ferida,
As chagas maléficas da entropia,
Permite a fala calada, sufocada,
Linguagem distorcida em falácias.

Prevê-se um movimento alienado.
O que se sente jamais se esquece,
O absinto que percorre todo o corpo,
A cabeça que não cessa o latejar,
Pede-se a mão em completo frenesi,
Mil passos na direção da alma,
Mutação do caos em calma.

Implora-se o ardor constantemente;
Chega morosamente e permanece;
A persistência, a vontade de vencer,
São mais fortes do que o derrotismo;
São mais fortes do que a complacência;
Rendição já não é mais uma opção;
É tudo que se pode assumir, então.

Retira-se a lama de uma alma,
Limpa-se o envoltório pernicioso,
Busca -se aquele iluminado sentido;
Reconhece-se os atos de volúpia;
Traz consigo a constelação de amor,

Aquela paz que brota da imensidão,
Pulsa firme com seus pés no chão.




Bia Girotto - Agosto de 2014

27 de novembro de 2015

EXISTO, LOGO ESCREVO.

O que escrever das palavras?





Belas, quando ditas ou escritas emergidas em toda e qualquer vertente do amor.
Ferinas, quando lançadas com fúria ou qualquer outro sentimento mesquinho.
Passageiras, quando usadas sem emoção, sem ação que lhes corresponda.
Afiadas, quando proferidas a esmo, podendo até rasgar a mais resistente carcaça.
Frágeis, como a sensibilidade feminina, quando doadas em atenção, em auxilio, em simplesmente se importar.
Dóceis, como as gotículas de uma garoa serena após a tempestade, quando despejadas em sinal de respeito, de amizade.
Livres, como o corpo que boia sobre as águas do mar, observando à passagem das nuvens, sentindo o soprar do vento contra a pele, quando flutuam em autenticidade, em honestidade.
Tiranas, como aquele que obtém o poder, quando arrancadas e massacradas por crenças contrárias, por imposição maléfica e imediata.
Duras, como um martelo que golpeia a mais fina cristaleira, estilhaçando e apartando os estimados sonhos, a transparência de ideais.
Ideológicas, quando protestam, transformando dor, terror, ganancia, doença, loucura em arte.
Palavras enobrecem, enaltecem algumas atitudes humanas, essas que são o movimento contrário de tudo que é tão típico, tão mediano.
Palavras cristalizam nas folhas dos livros, na memória, na cultura e na história.
Palavras, palavras...Sem elas eu seria o tudo representando o nada.

Bia Girotto -  Janeiro de 2015

8 de novembro de 2015

A DOR DO MUNDO


Ebola desenfreada;
Bebês pisoteados;
Fome dolorida;
Corrupção desmedida.


Gritos de dor abafados;
Mundo devastado;
Natureza reagindo;
Ar contaminado.

Água de lodo;
Rios de esgoto;
Vida erradicada;
Revolta generalizada.


Cabeças decepadas;

Sangue nas calçadas;
Acordos propostos;
A paz foi negada.

Fanatismo doentio;
Cegamente perfura;
Destroça corpos;
Aniquila e tortura.

Luta de poder de quê?
Governar para quem?
O novo dono do mundo,
Não terá ninguém.
Bia Girotto -  Outubro de 2014

4 de novembro de 2015

MORADA NA ESCURIDÃO


Um sentimento ruim invadiu minha alma,
Lembranças que ferem o coração,
Pensar que um dia escolhi a escória,
E deixei aqueles que amo sem opção.

O meu espirito despertou,
Depois de tanta dor e decepção,
Nos olhos a vida não mais existia,
A luz havia se apagado, o engodo reluzia.

Escolhas feitas com o coração,
Jamais serão em vão....
Não faça morada na escuridão.

Retornou aos braços e afagos dos seus,
Escolheu o filho em vez da profissão,
Foi julgada, discriminada e condenada,
Por escolher ao amor, era tudo que sonhava.

Alguns anos se passaram,
Muitas lutas, muitas conquistas,
O filho escolhido tornou-se um amigo,
Que ainda precisa de cuidados e sorrisos.

Escolhas feitas com o coração,
Jamais serão em vão....
Não faça morada na escuridão.

E aqueles que lhe apontaram tanto,
O prazer da discórdia e da humilhação,
Que alguns seres adotam como filosofia,
Não podem escravizar espíritos em evolução.



29 de outubro de 2015

ANJO TUTOR


Estou aqui  tão perto de você,
Estou aqui até o amanhecer.
Passarei toda uma noite a velar,
Seus sonhos, suas dores, seu pesar.

Chorando ou sorrindo,
Acordada ou dormindo,
Seguirei os seus passos,
Vesti-la-ei com meus braços.

O chão não é o seu lugar,
Estou aqui, vamos lutar,
Não posso deixá-la sucumbir,
Levante-se, deve prosseguir.

Seu sofrimento cala fundo,
Minh´alma chora junto,
Não se esqueça de que aqui estou,
Sou seu guia... Seu anjo tutor.  

Bia Girotto  - Outubro de 2015




27 de outubro de 2015

CORAÇÕES AMARGURADOS

Hoje é o dia de querer,
Querer mudar, querer sorrir,
Chorando um choro confuso,
Decidido em não se acabar.

Começando o amanhã distante,
Tão perto de um consolar,
Inconsolável realidade dura,
Mole é aquele que não quer encarar.

Morrendo em odiar a tudo,
Amando o nada frequentemente,
Quase nunca consegue enxergar,
A cegueira da materialidade...

Que espiritualiza a carne,
Oca de sangue e de ar,
Irrespirável superficialidade,
Aprofundada nos corações. 

Bia Girotto - Outubro de 2014

26 de outubro de 2015

VALORES

Vale andar
Vale chegar
Vale olhar
Vale beijar 
Vale aceitar
Vale amar
Vale sonhar
Vá lendo, vá lendo...

Vale entender
Vale crescer
Vale doer
Vale agradecer
Vale envelhecer
Vale acolher
Vale viver
Vá lendo, vá lendo....

Vale colorir
Vale sorrir
Vale acudir
Vale assistir
Vale aplaudir
Vale admitir
Vale sentir
Vá lendo, vá lendo...

Valendo a pena sentir todo esse vale de emoções.


Bia Girotto -  Dezembro de 2014

25 de outubro de 2015

ASPIRAÇÃO

Um sonho alcançado,
Construído e encarado,
Suplantando dia após dia,
As investidas do fracasso.

Levando a mão ao ouvido,
Não absorvendo paradigmas,
Seguindo adiante, apartando-me,
Oh, sinfonia funesta que rodopia.

Persistência acalorada,
Determinada fui e sou,
Sigo a trilha sem pudor,
Vencendo o sonho do vencedor.

Vitória da consciência,
Vitória da superação,
Vitória minha e sua,
Vitória do coração.

Depois da digestão dos anseios,
Eis agora o melhor dos momentos,
O doce sabor do contentamento,
A mais almejada das sensações.


Bia Girotto -  Dezembro de 2014.

24 de outubro de 2015

A CRIATURA DA CRIAÇÃO

Eu desejo que você fique,
Quando eu não mais estiver aqui,
Eu desejo que você console,
Aqueles que estão por vir,
Pois os de agora não absorvem
A intensidade da sua forma,
A pureza da sua imagem,
A sonoridade da sua passagem.

Eu desejo que você fique,
Para poder aliviar o soluçar,
Daqueles que choram no escuro,
Dos seus quartos, dos seus cantos,
Das janelas sem estrelas, sem luar,
Trazendo conforto e alivio,
Sendo a melodia do estupor,
Nas conquistas, nas vitórias,
Nas alegrias e no amor.

Eu desejo que você fique,
Seja o bálsamo dos agoniados,
Alimente a fome dos injustiçados,
Cure os corações ulcerados,
Acalme a maldade das mentes,
Seja a cromoterapia dos doentes,
As cores graficamente reluzentes,
Afastando todo e qualquer temor...
Não nos abandone ao léu malfeitor.


Eu sou só o seu instrumento,
Dedos que seguem o seu percurso,
Sentindo o que flui de suas entranhas,
Sentindo o cheiro de lágrima,
Aquela que brota ao nos ver rendidos,
A tudo aquilo que não faz sentido,
Ouça-me, fique minha doce criação!
Por compaixão, por comoção,
Humanos viciosos em destruição.

Como posso conceber ou aceitar,
Toda uma vida sem a arte, sem você?
A nossa história ainda é crua,
Não a vejo como pura engenharia,
Estrutura formada só por manipulações,
Uma pessoa como eu, sua criatura,
Engessada nesta selva cinzenta e caótica,
Cria do egoísmo no reino do capitalismo,
Jamais poderia respirar sem você.

Num país tão belo e desdenhado,
Por seus filhos ingratos, enculturados,
Que sentem tão pouco sua harmonia,
Não enxergam a magia da sua sinfonia,
Nas almas cativas como a minha,
Que não podem deixar de sonhar,
Está bem, eu continuo sendo a sua criatura,
Indizível seria, mas eu ainda posso acreditar...
Que você sobreviverá e me recriará.


Bia Girotto - Novembro de 2014

23 de outubro de 2015

A VINDA DO VENTO

Vento, Vendaval...
Ar atmosférico em movimento natural,
Arrastando as mazelas e o superficial.
Virando jogos estáticos, percebemos,
Quão frágeis somos e não sabemos.
Vento, Brisa...
Suaviza, refresca as almas e corpos,
Exaustos do peso da carne e dos ossos.
Gera tanta vida e boa energia,
Umedece sonhos, evapora ilusões cíclicas.
Vento, Ciclone
Em um momento de fúria de Huracán,
Instalou-se o caos em vidas abatidas com afã.
Catástrofe natural, morte, agonia,
Hora de dar as mãos, amar com sabedoria.
Vento, Vinda, Vida
A vinda do vento pode trazer harmonia,
Ou até desordenar a ordem concebida.
O vento pode varrer as nossas incertezas,
Mas não nos sussurra respostas ou certezas.


Bia Girotto - Junho de 2015

17 de outubro de 2015

DOR CALADA





Pensei que podia voar,
Sentia o peso da rejeição,
Desafogar o nó da solidão.

Nadar contra a correnteza,
Rir das minhas incertezas,
Sorver a beleza da tristeza.

Viagem ao fundo de um poço fúnebre,
Tantos cantos e encantos medonhos,
Fadas queriam colorir os meus sonhos.

Tudo aquilo que parecia belo,
Seduzia e prometia vontade,
Trancou-me numa cela suja e sem grade.

Tortura em pele de liberdade,
Algoz desprovida de compaixão,
Subjugou-me... Carregou o meu caixão.

Enfermidade arraigada em tantas vidas,
Espíritos atropelados e jogados as traças,
De desejos impuros e tantas desgraças.


Pele sem cor

                  Olhos estáticos

Distante do amor

               Anestesia da alma,

Emoções vagas

                          Dor calada. 

Bia Girotto - Outubro de 2015


8 de outubro de 2015

POEMAS E VERDADE

Melancolia na alma,

                                         Angustia no coração,

Verdades não ditas,

                                                               Poemas em construção...

Bia Girotto - Fevereiro de 2015

UNA GRAN AMISTAD (ACRÓSTICO)

Una sincera complicidad,
Nació, creció, y se quedó.
Armonía, empatía a primera vista.

Graciosa charla mantenemos,
Risas, triunfos, infortunios…
Alegría, gratitud a un Poder Supremo.
Ni siquiera supones como te echo de menos.

Acogedor es poder contar contigo,
Martillo, Membrillo, Marcelito,
Infinitos motivos te harán lograr,
Solo por hoy, un día a la vez,
Trampas no nos quitarán la lucidez,
Amigo, jamás te atrevas a dudar,
De la diafanidad de una gran amistad.


BIA GIROTTO - FEVEREIRO DE 2015

SALETE (ACRÓSTICO)

Simplicidade rica numa pessoa que traduz:
Alegria na voz numa tristeza calada,
Lágrimas tristes num sorriso doce,
Empatia no semblante num olhar disfarçado,
Ternura ansiosa num coração exausto,
Enobrece o mundo, longe do acaso, acima do fracasso.

Embriaga-se em leituras,
Usufrui e acalenta as emoções.

Trepida a voz em lamentos,
Evita sentir as desilusões.

Ama sem se importar,
Morre pelo amor que concebe,
Observa ao redor, sabe de cor, a vida não dá ponto sem nó.



Bia Girotto -  Janeiro de 2015.

SENTIDOS

Grita, grita, grita,
A flor em estupor.

Cala, cala, cala,
A ave em louvor.

Ouve, ouve, ouve,
A formiga em labor.

Toca, toca, toca,
A semente que brotou.

Inspira, inspira, inspira,
A poesia que libertou.

Veja, veja, veja,
Foi o perdão que adubou.

Sente, sente, sente,
Gratidão por quem acreditou.

Muitos
É
Pouco
Poucos
São
Muito. 

Bia Girotto - Julho de 2015

7 de outubro de 2015

O AMOR QUE EU APRENDI COM O CHARLES ( ACRÓSTICO)

O uvindo o seu ronquinho pela noite...
A gradeço a oportunidade de poder,
M imar durante o dia esse doce filhote,
O presente mais gorducho que ganhei,
R ecebi com tanto entusiasmo que até chorei.
Q uerido Charles, meu peludinho,
U m brinquedo novo faz a sua alegria,
E nlouquece com beijinhos na barriga.
E leva o meu viver, serena o amanhecer,
U niverso de simplicidade e simpatia...
A mor incondicional, fiel e leal,
P epeco, meu chamego e companheiro,
R abinho que balança o tempo inteiro,
E mpobrece a tristeza, traz a pureza com beleza,
N unca deixa os meus chinelos no lugar, deixa estar,
D úvidas não me restam, ele ganhou o meu coração,
I spiração para muitos anos em versos, melodia do coração.
C ativando a todos, alivia as tensões,
O usa voar tendo apenas quatro patas,
M eu pingo de luz, meu querido peralta.
O s olhinhos esbugalhados e tão ternos...
C ompletam qualquer falta, acariciam a alma,
H abilidosos em não me perder de vista,
A njinho que quer o meu amor do jeito que for,
R etribui muito mais do que recebe,
L onge do orgulho, egoísmo e mau- humor,
E nergiza o espírito, guarda o meu sorriso,
S olidão acabou, agora tenho o meu melhor amigo
.


Bia Girotto - Maio de 2015

6 de outubro de 2015

O SER AMIGO


Ser amigo é amar e respeitar a amizade do outro. É buscar entender as diferenças. É querer estar junto sem segundas intenções. É deixar a amizade fluir sem cobranças, ou demonstrações forçadas. Sem explicações desnecessárias. É doar atenção e silêncio nos momentos de dor. É saber como falar nos momentos de imprudência. É abraçar, sem invejar, nos momentos de conquista. É deixar o orgulho debaixo do travesseiro ao se levantar, sabendo que errou, que magoou, e pedir perdão, mesmo que não o receba de imediato, ou talvez, nunca receba. Ser amigo... Ter amigos... Saber ser amigo é difícil, ter amigos é fácil. Saber enxergar aqueles que os são verdadeiramente é complicado, muitas vezes nem a maturidade colabora, ou nos poupa das decepções. Renunciar ao egoísmo, sair do conformismo, ter tempo para emprestar o ouvido... Não é para qualquer um! É só para aquele que quer ser 
amigo.

Bia Girotto - Outubro de 2015

4 de setembro de 2015

CORAÇÃO VERDE

Se você precisa consumir,
Eu preciso existir.
Enquanto você me mata e desmata, 
Eu tento salvar sua vida tão cara.

Dou ar para respirar,
Semente para plantar,
Água para tomar,
Fauna e flora para apreciar.

Por que quer tomar o meu lugar,
Se com a sua própria vida irá extirpar?

Alguns me chamam de pulmão do Brasil,
Mas eu sou a maior reserva que você já viu,
Por favor, abaixe e desligue sua motosserra,
Deixe-me pulsar, sou o coração verde da Terra.

( 5 de setembro - Dia da Amazônia)

Bia Girotto 




2 de setembro de 2015

O MISTÉRIO NAS RETICÊNCIAS

Não sei se retornarei de onde vim, se vim de onde não retornarei,
Cicatrizes surgem pela dor, ou talvez pela aceitação do amor, ...


Enxergo a realidade submergida em um castelo de ilusão,
Sanidade ou loucura, liberdade dentro da clausura, ...


Se o mal é só mais uma criação humana,
Cadê o inventor subversor, o príncipe transgressor? ...


Certezas não existem, nomes foram dados,
Errar é humano só em relatos, os que almejam a perfeição vivem de fatos, ...


O burro que desviou do caminho correto,
É condenado a não dar certo, ou talvez seja o oculto desejo do esperto, ...


Deus e o Diabo andam separados,
Quem os viu, ou os ouviu? Há mistério nas reticências, é preciso paciência, ...


Amanhã não sei se despertarei, ontem morri mais uma vez, hoje será ou não será, quem saberá? ...

Bia Girotto - Maio de 2015

SOLILÓQUIO DE UMA POETA GRÃO

Luz disperse as trevas, faz-me refrão,
Cardumes multicor, pedras do perdão,
Rodopiem com o vento, suave canção.
Quero me lambuzar com a esperança,
Flor de lótus arraigada na semelhança, 
Embale o meu espírito com segurança.
Masmorras ateístas, dor usurpadora,
Leve daqui suas chagas, devastadora,
Imploro-lhe seu alívio...Luz curadora!
Cure este grão que sofre por não encontrar o seu pão.

Bia Girotto – Maio de 2015

CONFISSÃO

Fluxo,
Refluxo,
Reflexo.
Léxico, vocábulo, palavra, não importa,
O que me importa é bater na sua porta,
Tocar a campainha da sua consciência,
Causar aquela sensação de existência.
Declamo o regresso, o choro.... Confesso,
Não sei se um dia alguém lerá esses versos,
Reclamo, o que eu espero?
Que a poesia viva e reviva,
Em rima, estrofe, imagem, canção,
Alimente nossa cultura faminta,
Reconstrua nossa identidade perdida.


Bia Girotto - Maio de 2015

DEIXA O SE E SÊ


Se sou sociável, as pessoas abusam. Se sou antissocial, as pessoas reclamam e julgam. Oh, céus! Diga-me como ser então! E uma estrela clemente me responde: - Sê quem és. Sê só mais um ponto na imensidão. Continua irradiando teu brilho que constituí o Todo e desconstituí o Nada. Um ponto que respira e aspira à elevação. Não apaga tua essência, não vistas tua própria sombra, pois ela só te acompanha por causa da luz que habita o teu coração.

Bia Girotto - Maio de 2015

21 de agosto de 2015

COMPANHEIRO DE JORNADA


Sabíamos quando nos vimos,
Que muita história teríamos juntos,
Que tudo aquilo que sentíamos,
Alegrava e fortalecia nosso mundo.

A paixão realmente tem vida curta,
Matura-nos para recebermos ou não,
Algo mais elevado que nos furta,
As ações altruístas do coração.


Tantas dificuldades e dores,
Nossas mãos seguem dadas,
Apagam-se os brilhos e as cores,
Entendemos que a hora é de guarda.


A lealdade e a cumplicidade,
São aprendizados valiosos,
Sou feliz por ter a sua amizade,
O amor veio com beijos simplórios.


Chegou
enquanto
dormíamos
Tocou
nossa 
face
Unificou
nosso
espírito.

Bia Girotto – 12 de junho de 2015