17 de abril de 2014

DELIBERADA AMARGURA

Triste mesmo é aquele que se amargura
Com tudo aquilo que diz amar,
Proclama ao vento que jamais conseguirá chegar a algum lugar,
Sossega quando vê alguém desistir e se põe a pensar;
Eu lhe disse, oh medíocre sabido, seu olho não há de encontrar.

Almeje, mas renuncie,

Inexista, mas insista,
Pense, mas dispense,
Ore, mas descrente.

Aceitando a falta do que não se teve,

Acreditando naquilo que não se sente,
Querendo o impossível inutilmente,
Renunciando crenças veementemente.

Fascinação pela destruição alheia

Contrasta com sua brandura,
Disfarçando a loucura da criatura que vive exalando ruptura,
Padrão patrão de um pelotão perdido,
Conserva sua cara e característica cabal.


Bia Girotto -  Abril de 2014