17 de outubro de 2015

DOR CALADA





Pensei que podia voar,
Sentia o peso da rejeição,
Desafogar o nó da solidão.

Nadar contra a correnteza,
Rir das minhas incertezas,
Sorver a beleza da tristeza.

Viagem ao fundo de um poço fúnebre,
Tantos cantos e encantos medonhos,
Fadas queriam colorir os meus sonhos.

Tudo aquilo que parecia belo,
Seduzia e prometia vontade,
Trancou-me numa cela suja e sem grade.

Tortura em pele de liberdade,
Algoz desprovida de compaixão,
Subjugou-me... Carregou o meu caixão.

Enfermidade arraigada em tantas vidas,
Espíritos atropelados e jogados as traças,
De desejos impuros e tantas desgraças.


Pele sem cor

                  Olhos estáticos

Distante do amor

               Anestesia da alma,

Emoções vagas

                          Dor calada. 

Bia Girotto - Outubro de 2015


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