20 de agosto de 2009

A DOR DO PENSAR

Esta dor que rasga toda a pele,
Esta dor que apaga o bater do coração,
Esta dor que pega no pulo e me arremessa no chão,
Que faz ter vontade de esvaecer vendo o véu do céu,
Vontade insana de profanar e apagar todas as memórias,
Do mais profundo ... Obscuro pensar embriagante.

Estou tentando como já tentei antes,
Mas a mente insiste em rodar as imagens,
Um curta - metragem de palavras desconexas, 
Vazio, calafrio, falta de ar...Falar, não falar, deixa para lá, 
Tudo que eu desejo parece ser tão difícil de encontrar e realizar... 
Já  ouço alguém dizer : - Quanto blá blá! Vai para cima sem pestanejar. 

Pensar, pensar, pensar

Como doí pensar sem parar.

Quero cortar , machucar o meu pesar,
Porque não me permito mais chorar,
Estou tão cansada de esperar e vibrar,
Perdi as definições e jargões decorados,
A visão do horizonte, dos jardins projetados,
Procrastinando por medo de novos fracassos. 

Oro, peço para não enlouquecer, 
Mas a minha mente insiste em ser incoerente,
Debilita todo o meu corpo em frio persistente,
Desistir para não sucumbir, não me iludir no elidir,
Colapso de uma cabeça afogada em pensamentos,
Cuidando para não colidir com o elixir de um desamor em frenesi.

Pensar, pensar, pensar
Como doí pensar sem parar.

Quero ficar sozinha um pouco ...
Retirar o meu cérebro com devoção,
Sentir quem sou para desfrutar da oportunidade de saber, ou não,
Selecionando melhor as pessoas,
Não permitindo que arranquem o meu coração,
Acreditar que um dia eu ainda poderei alcançar a virtude tão almejada,
A Serenidade... 
Como flocos de neve que caem,
Gelando essa ansiedade arraigada.


Bia Girotto - Agosto de 2009.