27 de agosto de 2014

MEU BÁLSAMO INESPERADO


E eu que nem lhe esperava,
Muito menos naquela hora,
Hora que eu já havia desistido,
Hora que eu já havia me perdido.

Você apareceu em suas letras,

Tentando consolar minha tristeza,
Apontou as minhas fraquezas,
Mostrou-me afinidade com destreza,
Fez-me recordar novamente da pureza.

No inicio pensava em você diferente,

Imaginava que seria ausente,
Apegado ao que não me era envolvente,
Distante da minha essência eloquente.

Aquela primeira ligação inusitada,

Ouvi sua fragilidade exacerbada,
Sua voz insegura me proporcionou,
O desconforto imenso de um furor,
Passado um instante tudo se suavizou.

Aquelas palavras elevaram nossas almas,

A magnitude esplendorosa da calma,
Peles enriçadas na palma da mão,
De uma visão que se tornou canção.

Seu rosto tão tímido,

Seu sorriso límpido,
Era o masculino híbrido,
Do meu sonho colorido,
Do meu desejo invicto.

No beijo apaixonado,

No cheiro aromatizado,
No carinho tão delicado,
Na semelhança do narrado.

A esperança retornou no seu abraço,

No seu olhar, nos seus afagos ...
Eu já não queria mais saber do amor,
Um novo rumo eu tomaria, meu amado,
Mas você chegou, meu bálsamo inesperado.



Bia Girotto - 22 de junho de 2012