Em um breve sopro
A clareza de quem sou me alcançou
Com o calor e a intensidade do fogo
E a leveza do olhar de quem já amou
Em véus de silêncio o destino sussurrou,
Que o transbordar da alma não é ilusão,
É a lembrança eterna que sempre chamou,
Unindo desejo e espírito em pura criação.
Quando me torno inteira
Entendo que já sou o todo
Mas cansa canalizar de outras formas
Minha alma te busca, meu coração não te ignoras.
E no mistério das estrelas cintilantes,
o chamado ecoa em silêncio sagrado,
teu coração pressente os semelhantes,
um encontro já escrito, ainda velado.
Mesmo sem saber
Sei que existes em algum lugar
Não é devaneio como eu já quis acreditar
Pois a alma reconhece antes dos olhos ver,
um pacto antigo, promessa de reencontrar,
no fio do destino que insiste em tecer,
o amor terreno que virá se encarnar.
Quando chegar só olhe nos meus olhos
Saberei quem você é
Um sonho prometido
Meu pacto cumprido
No reflexo da tua alma verei o espelho,
a centelha divina em carne renascida,
e no abraço do tempo encontro conselho,
amor e desejo, promessa vivida.
Promessa vivida em eternos véus,
na dança sagrada do cosmos sem fim,
um destino bordado nas mãos de Deus,
que une tua essência à quem espera por ti.
Bia Girotto
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