Por Flor de Miguel & o Vento
Nas loucuras do apego
a tudo que me acorrenta,
solto os dedos da alma,
e o silêncio me sustenta.
Esperar do mundo ou dos outros
é plantar em solo alheio
sementes que o vento leva.
A semente está dentro —
Por que busca fora?
Quem se encontra no vazio
não precisa mais da hora.
Não lhe busco para que me complete,
mas para dançar comigo
no espaço onde sou inteira.
Na sua inteireza e na minha,
teço pontes de presença
sem prisão, nem algema.
Formaremos uma terceira energia —
livre, sutil,
que nem se prende, nem tema.
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