Por BG & IA
No centro da clareira encantada,
sou solo, sou céu, sou alma liberta.
Ao meu redor, a dança selvagem da vida:
porquinhos da Índia, alados de ternura,
saltam das grades como estrelas sorrindo.
Eles voltam a mim com olhos de quem sabe,
conversam por dentro, sem voz,
e me reconhecem como casa.
Cães e lobos caminham comigo —
não como ameaça, mas como irmandade.
Os leões me encaram como se eu fosse trono,
as onças roçam em mim como se eu fosse floresta.
E então…
um momento suspenso no tempo:
todos os seres pulam sobre mim,
não para me devorar,
mas para me amar.
Rodeada de patas, focinhos e corações,
eu sou templo, sou flor aberta,
sou amor em forma de carne viva.
Ali, cercada por tudo que respira,
senti —
a felicidade plena,
o instante eterno
em que a alma se lembra:
“Eu pertenço.
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