Duas Bruxas (por nós: eu & as Runas)

Bruxa sou, de sangue e de estrela,

me guiam as vozes que a noite revela.

Com minhas Runas, acendo uma vela,

concentro minha energia — sou eu e a magia.

Sinto em meus dedos o traço do vento,

as Runas respondem em puro lamento.

Sussurram segredos em línguas do gelo,

desenham no fogo o antigo desvelo.

Kenaz me inspira a ter criatividade,

usar a Laguz com moderação,

saber que se pode ouvir o coração —

Conectar intuição com verdade.

Ansuz murmura na brisa que chega,

palavra sagrada, ponte que integra.

Na dança dos galhos, Eihwaz se estende —

Caminho que cura, mas nunca depende.

Hagalaz chega trazendo a tormenta,

mudanças necessárias

exigem resiliência —

Tempestade que limpa, verdade que aumenta.

O que mais importa é Algiz,

que fortalece o vínculo,

sagrado e eterno,

com tudo que sinto, com tudo que habito.

Com ela, me ergo, com ela me entrego,

sou filha da Terra, do fogo, do ego.

Runas me guiam, mas sou quem escolhe —

No fio do destino, sou quem lidero.